
O advogado sul-mato-grossense Marcos Pollon foi denunciado ao MPF (Ministério Público Federal), ao MP-DF (Ministério Público do Distrito Federal) e ao Ministério da Economia por suposto sorteio de armas durante um encontro de apoiadores do grupo armamentista Proarmas, associação fundada pelo advogado que tem como objetivo promover o armamento no País. O evento ocorreu no último dia 9 de julho, em Brasília. De acordo com a portaria nº 20.749, de 17 de setembro de 2020 do Ministério da Economia, é proibida a distribuição de armas e munições como prêmios. A denúncia foi apresentada pelo professor de História, Douglas Belchior, cofundador da Uneafro Brasil (União de Núcleos de Educação Popular para Negras, Negros e Classe Trabalhadora) e integrante da Coalizão Negra por Direitos, que reúne mais de 250 organizações nacionais, entidades e coletivos do movimento negro e antirracista. Belchior é pré-candidato a deputado federal por São Paulo pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Segundo a representação de Belchior, Pollon anunciou o sorteio em vídeo ao vivo no seu canal no YouTube dois dias antes do evento. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, para driblar a portaria, ele teria usado a palavra furadeira para se referir a revólver: “Aqui, na descrição do vídeo tem um link para o pessoal adquirir os convites para o nosso churrasco […] e a gente está vendo uma forma de presentear quem for no 9 de julho com o sorteio de uma furadeira”, disse o advogado no vídeo.